segunda-feira, 17 de julho de 2017

GP da Grã-Bretanha: Reconciliação & Reação



(Foto: RV Press)
Não é novidade que a falta de Lewis Hamilton no F1 Live, no meio da semana, nas ruas de Londres, não foi bem visto pelos fãs e também por aqueles que acompanham a categoria. Para a maioria aquilo foi uma tremenda falta de respeito para com o público. Afinal, ele foi apenas o único dos pilotos desta atual temporada que não compareceu ao festejo, alegando, mais tarde, que estava concentrando-se na disputa contra Sebastian Vettel. Mas a maioria sabe que é bem provável que o inglês tenha ido curtir o dia com os amigos em algum local.
Polêmicas à parte no que ele deve fazer ou não, a verdade é que Hamilton esteve em grande forma neste fim de semana em Silverstone, principalmente no domingo onde conseguiu um domínio absoluto com a sua Mercedes. Liderou todas as voltas, cravou a melhor da corrida, além da pole conquistada no sábado. Uma atuação que fez lembrar o de Nigel Mansell (guardadas proporções) em 1992, quando o “Il Leone” destroçou a concorrência e levou a torcida inglesa o delírio a ponto deles invadirem a pista. Lewis também conseguiu levantar a torcida em Silverstone, com direito a aplausos efusivos dos torcedores em todos os setores por onde o tri-campeão passou, em sua volta de desaceleração. E ainda teve tempo para cair nos braços dos torcedores antes de ir para a coletiva de imprensa. E esta conquista de Lewis ainda o fez igualar a marca de Jim Clark em GPs britânicos, tanto em poles e vitórias, chegando a cinco triunfos em cada uma das duas estatísticas. Um momento fabuloso em Silverstone.
Mas a alegrias não estavam apenas no fato da grande conquista de Lewis: o resultado abaixo do esperado por Sebastian Vettel, também ajudou para que a festa fosse praticamente completa. Digo isso, pois a sétima colocação de Vettel ainda lhe deu um fôlego para se aguentar na liderança do mundial até a próxima etapa, que será na Hungria. Este um ponto de vantagem dele para Lewis pode fazer uma diferença enorme mais para frente. E até que pela tragédia que se desenhava, quando o pneu dianteiro esquerdo da Ferrari dechapou, este sétimo lugar foi um lucro. Sair atrás de Hamilton na classificação seria um balde – mais um – de água gelada nele e na Ferrari. A verdade, ao que parece, é que a equipe italiana parece ter estagnado na evolução do carro ou então as novidades que tem trazido ultimamente, não surtiram grande efeito. A  Mercedes conseguiu uma melhora com atualizações feitas para o GP da Espanha e de lá para cá, eles conseguiram uma bela evolução e não parece que possam cair de rendimento.
Por mais que tenha sido uma prova emblemática, ao mostrar o nível de pilotagem de Hamilton e também do poderio dos carros da Mercedes, ainda está longe das coisas se definirem. A prova da Hungria deve ser encarada como um tira teima para os carros prateados, uma vez que o desempenho deles em Mônaco, uma pista travada por conta de sua natureza citadina, foi bem pífia e agora prestes a encarar a pista de Hungaroring devemos ver a sua real força. Para a Ferrari e a chance de conseguir uma reação e as lembranças de um final de semana perfeito nas ruas de Monte Carlo, podem ser reavivadas na pista húngara.
Por mais que a corridas não tem agradado numa forma geral, o campeonato está bem interessante. E isso não podemos negar.

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